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Mostrando postagens de janeiro, 2021

Filhos de pais separados: Como a Terapia pode ajudar.

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       A separação conjugal invariavelmente apresenta uma mudança na estrutura familiar que afeta todos os membros da família. Ainda que em muitos casos o divórcio traga aspectos positivos para o convívio, principalmente quando os casais se encontram em relações muito conturbadas, é preciso se atentar à forma como tal separação impacta os filhos.   Segundo pesquisas na área da Psicologia, os problemas advindos da separação dos pais incluem depressão, baixo rendimento acadêmico e introspecção demasiada. Embora não seja um consenso absoluto, há autores, como Hetherington & Stanley-Hagan, que levantam a hipótese de que crianças mais novas encontrariam mais dificuldades para lidar com a mudança na rotina. Ainda segundo esses autores, as crianças mais novas também estariam mais propensas a se culpar pelo divórcio dos pais por ainda não terem desenvolvido mais nitidamente a linha que separa a fantasia da realidade. Nos filhos pequenos de pais separados, é ba...

Adoção

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A decisão de ter um filho é uma das coisas mais sérias e importantes na vida de qualquer pessoa. Muitas pessoas, quando não chegam a refletir sobre, correm o risco de comprar sem saber o “pacotão todo”: crescer, trabalhar, encontrar alguém, engravidar, criar um filho, etc... Neste caso, o risco de frustração é iminente, já que, os padrões são sempre inatingíveis em alguma medida.  Mas quem disse que ter filhos é um desejo natural? E quem disse que engravidar é a primeira ou única via de se alcançar este objetivo? É certo que a sociedade não tarda a cobrar os casais, e até mulheres solteiras. Gerar significa criar, conceber, produzir, formar, desenvolver, nascer. Palavras que se aplicam perfeitamente a fecundação e a gestação de um novo ser. Para adotar também é preciso gerar dentro de si a mesma vontade. Adotar é um ato de coragem e muito amor, sem preconceito e com total responsabilidade por aquele novo ser que entra na família e passa a fazer parte dela para sempre. A decisão...

A importância do brincar e da escuta da criança no atendimento Psicanalítico

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Quando os filhos falham no conceito dos pais, quando não compensam as frustrações, expectativas e angústias dos mesmos, não se ajustando ao ideal imposto pela família e pela cultura, muitas vezes o Psicanalista é procurado. Na tentativa de moldar esses filhos aos padrões aceitos pela sociedade, os pais acabam pedindo ao analista a construção de uma “criança-robô”: dócil, com bom desempenho na escola, e que não cause maiores incômodos. A psicanálise infantil, porém, busca tratar a criança como ser dotado da capacidade de constituir sua própria demanda clínica, desde que “promovida a um lugar de sujeito, no desenlace da escuta, da palavra e do brincar”. Aqui o brincar desempenha um papel libertador no tratamento psicanalítico, na medida em que é recurso incontestável de enfrentamento de medos internos. O atendimento clínico é uma possibilidade de espaço para a criança expressar suas necessidades e anseios, proporcionado pela escuta do analista, que introduz o brincar c...