A importância do brincar e da escuta da criança no atendimento Psicanalítico
Quando os filhos falham no conceito dos pais, quando não compensam as frustrações, expectativas e angústias dos mesmos, não se ajustando ao ideal imposto pela família e pela cultura, muitas vezes o Psicanalista é procurado. Na tentativa de moldar esses filhos aos padrões aceitos pela sociedade, os pais acabam pedindo ao analista a construção de uma “criança-robô”: dócil, com bom desempenho na escola, e que não cause maiores incômodos. A psicanálise infantil, porém, busca tratar a criança como ser dotado da capacidade de constituir sua própria demanda clínica, desde que “promovida a um lugar de sujeito, no desenlace da escuta, da palavra e do brincar”.
Aqui o brincar desempenha um papel libertador no tratamento psicanalítico, na medida em que é recurso incontestável de enfrentamento de medos internos. O atendimento clínico é uma possibilidade de espaço para a criança expressar suas necessidades e anseios, proporcionado pela escuta do analista, que introduz o brincar como forma de atuar e dramatizar situações as quais, quando repetidas no atendimento terapêutico, agem como deflagradoras de novas motivações, “sustentando que é no repetir que emerge o novo” por meio do brincar (ou de expressões artísticas) e das repetições. A criança repete o que viveu e o que está vivendo, não como lembrança, mas como ação, no processo de recordar, repetir e elaborar”. A cada repetição, portanto, surge a possibilidade de elaborar-se o que não pode ser rememorado e verbalizado.
A terapia atua como abertura para a construção de um “espaço de fala”, pois, “é no pa-la-vre-ar que se contorna a falta e onde emergem os afetos e os desafetos ali condensados”. A palavra aparece aqui como reveladora do eu, no compartilhamento com o Terapeuta sem censura à expressividade da criança porque “a análise também avança e serve a esses temas: o sem-sentido, o supérfluo, o marginal, o dito trivial. Uma análise não é feita só de grandes temas, mas de temas menores, também”.
📍Luciane Santos
Pedagoga e Terapeuta
Aqui o brincar desempenha um papel libertador no tratamento psicanalítico, na medida em que é recurso incontestável de enfrentamento de medos internos. O atendimento clínico é uma possibilidade de espaço para a criança expressar suas necessidades e anseios, proporcionado pela escuta do analista, que introduz o brincar como forma de atuar e dramatizar situações as quais, quando repetidas no atendimento terapêutico, agem como deflagradoras de novas motivações, “sustentando que é no repetir que emerge o novo” por meio do brincar (ou de expressões artísticas) e das repetições. A criança repete o que viveu e o que está vivendo, não como lembrança, mas como ação, no processo de recordar, repetir e elaborar”. A cada repetição, portanto, surge a possibilidade de elaborar-se o que não pode ser rememorado e verbalizado.
A terapia atua como abertura para a construção de um “espaço de fala”, pois, “é no pa-la-vre-ar que se contorna a falta e onde emergem os afetos e os desafetos ali condensados”. A palavra aparece aqui como reveladora do eu, no compartilhamento com o Terapeuta sem censura à expressividade da criança porque “a análise também avança e serve a esses temas: o sem-sentido, o supérfluo, o marginal, o dito trivial. Uma análise não é feita só de grandes temas, mas de temas menores, também”.
📍Luciane Santos
Pedagoga e Terapeuta
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